Jackson

Estou há cerca de três horas a acompanhar emissões televisivas alusivas ao relato do surpreendente e trágico falecimento de Michael Jackson. Não me lembro de estar tão atento a uma emissão televisiva com impacto mundial desde o dia da eleição de Barack Obama para o cargo de presidente dos EUA. A única diferença é que Obama é um negro que conseguiu ser eleito para um cargo até então ocupado por brancos e Jackson foi um negro que conseguiu feitos nunca alcançados por brancos, mas que optou por se tornar um branco mais branco dos que os brancos.

O aclamado "Rei da Pop" terá sofrido um fatal ataque cardíaco e, mesmo após esse acontecimento, foi menino para conseguir entrar em três sítios: na ambulância, no hospital e em coma. O cantor tinha anunciado, recentemente, o regresso aos palcos, prometendo uma série de 50 (cinquenta!) concertos em Londres, a começar já no próximo mês de Julho. Ao que tudo indica os concertos serão cancelados, porque nem toda a gente é como Paulo Bento, ou seja, nem toda a gente "faz omeletes sem ovos".

Para os fãs do músico, as últimas horas têm sido de agonia e sofrimento. O falecimento de Jackson é já comparado a acontecimentos como as mortes de John Lennon, ou Kurt Cobain, mas com menos rinocerontes dançarinos, ou formigas gigantes armadas com matracas. Contudo, já ouvi senhoras que afirmam: "Esta morte era de esperar! Há anos que o Michael andava tão pálido!".

O desaparecimento do antigo prodígio dos "Jackson 5" deixa o mundo um pouco menos brilhante, mais precisamente ao nível das luvas de lantejoulas.

DEPES, Michael. Para quem não sabe: Descansa Em Paz e Sossego, Michael.

PorPedro Fernandes Martins à(s) 01:22

3 comentários:

Milton disse... 29 de junho de 2009 às 19:13  

«mas que optou por se tornar um branco mais branco dos que os brancos.»

ele tinha uma doença na pele.

Anónimo disse... 15 de julho de 2009 às 22:07  

nao nao tinha...ele dizia que tinha uma doença na pele! o vitiligo nao se apresenta assim. seriam manchas e nao total homogeneidade de cor...enfim...

Anónimo disse... 31 de agosto de 2009 às 16:17  

Mesmo que não fosse doença de pele, o que é que isso interessa? Será que também gozam com todas aquelas mulheres que fazem implantes nos seios? ou plásticas ao nariz? ou lipoaspirações? ou com todos aqueles homens e mulheres que, acerrimos frequentadores de solários, TAMBÉM se transformam de brancos em negros, onde só os dentes e o branco dos olhos são perceptíveis? Pergunto-me: porque é que uns podem e outros não? Porque é que nums é aceitável socialmente e até visto e louvado qual sinal de status e noutros é condenado e objecto de gozo interminável?
Michael Jackson foi um homem com um enorme e versátil talento, capaz de levar uma plateia ao rubro e, em simultaneo, lavada em lágrimas. Poucos seres humanos conseguem isso...

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