Európia

Minha cara provedora, eu juro que tentei resistir, mas não consegui! Tive mesmo que pegar no teu brilhante e genial achado e postá-lo, também, aqui. Sem mais delongas, apresento no Worst Off, o cartaz do fantástico partido que tem os apoiantes todos da mesma altura e que possui técnicos de edição de imagem não mais do que geniais, porque são autênticos humoristas. Quando olho para esta imagem fico com a sensação de que todos estes senhores e senhoras são um grupo de cabeçudos do Carnaval de Torres Vedras, cujas cabeças foram alteradas de forma a não ligarem com o resto do corpo.

Mas a pergunta concreta que quero colocar aos senhores que editaram esta imagem é a seguinte: era preciso levar a expressão CABEÇA-DE-LISTA tão à letra, e aumentar desmedidamente a cabeça de Vital Moreira? "Meus amigos, não havia necessidade"!



(clique na imagem para a aumentar - vai ver que vale a pena)

PorPedro Fernandes Martins à(s) 01:49 1 comentários

Ah Valente!

Acabei de receber no e-mail um artigo de Vasco Pulido Valente, publicado, hoje, no jornal "Público". Este artigo surge na sequência da vinda da dita personalidade à nossa santa terrinha, Figueira da Foz, onde parece que lançou um livro no Casino Figueira e comeu sardinhas no restaurante da D. Celeste, que é "natural" do maior país do mundo (esta chalaça fica só para quem conhece bem a Figueira e as suas figuras).

Este post serve para revelar este excelente artigo. E perguntam vocês: "onde está o humor neste post?" - o humor passa por um desafio, que é tentar ler o artigo sem imaginar as balbúcias de Pulido Valente! Vá, eu sei que é difícil, mas façam um esforço por não imaginarem "aaaaaaaah", "hmmmmm", "uhhhhh" no meio do texto.

"Um passeio à Figueira"

Vasco Pulido Valente in Público 05/06/2009

Fui anteontem à Figueira da Foz por uma auto-estrada deserta. Literalmente deserta: um camião ou outro, umas dezenas de automóveis, mais nada. A auto-estrada, claro, vai mudando de nome. Começa por se chamar A8, depois muda para A14 e acaba, salvo o erro, em A17. De qualquer maneira, começa quase à minha porta, em Lisboa, e só pára em Aveiro. É quase paralela à velha A1 do prof. Cavaco e parece que nasceu da exuberante cabeça do eng. Guterres (quem senão ele?) e que este Governo construiu o pouco que faltava. A ideia de uma auto-estrada, por assim dizer, suplementar, ou concorrente - uma ideia de gente rica ou de gente pródiga -, não deve ser comum. Na Figueira, essa extravagância vem sempre à conversa (à frente de estranhos) entre o desdém pelos poderes que misteriosamente a conceberam e o habitual desconsolo com disparates de Lisboa e da Pátria.

A Figueira, apesar de um debate público entre Paulo Rangel e Vital Moreira, não está muito interessada no ruído a que por aí se chama "eleições" para a "Europa". Segundo percebi no restaurante da D. Celeste, uma PSD e "santanista" ferrenha, as pessoas só se importam com as locais, que terão em princípio cinco listas de grupos que historicamente não se estimam. Quanto às gerais de Outubro, a D. Celeste abana a cabeça com alguma tristeza e uma enorme dúvida (que se compreende) sobre a dr.ª Ferreira Leite. Comendo as primeiras sardinhas do ano, achei a Figueira típica do país: melancólica, desiludida e sem esperança. Que lhe pode trazer um novo regime: uma terceira auto-estrada?

Entretanto, impenetrável à realidade do mundo, a campanha continua. Augusto Santos Silva, Ana Gomes, Jorge Lacão e, evidentemente, Vital Moreira não desistiram de explorar a noção absurda de que o PSD é, por causa de meia dúzia de "figuras gradas", responsável pela fraude do BPN. Ninguém protesta e Sócrates não os manda calar, com certeza em nome do aprimoramento cívico dos portugueses. Do lado do PSD, Manuela Ferreira Leite apareceu finalmente na "rua" (espero que sem um nojo excessivo), enquanto Menezes descobriu agora que Rangel era uma "lufada de ar fresco" e Pedro Passos Coelho, na sua qualidade de "próximo Presidente", resolveu aliviar o espírito de um despropósito sem desculpa. O que apetece é de facto aproveitar a auto-estrada deserta (A8, A14 e A17) e ir comer as sardinhas da D. Celeste.


PorPedro Fernandes Martins à(s) 20:21 0 comentários

Déjà vu

O jornal desportivo "O Jogo" noticia o seguinte, no seu sítio online:

"Golpe de teatro: Álvaro Pereira, lateral-esquerdo campeão da Roménia pelo Cluj, é desde ontem reforço do FC Porto - depois de ter sido noticiado como a caminho da Luz ou mesmo como sendo já jogador do Benfica."

Mas onde é que nós já vimos este filme? Dá-me ideia de que o Benfica se tornou um olheiro do FC Porto. Para quem dizia que os dois clubes tinham relações conflituosas, pode começar a desenganar-se!

Já agora... já posso parar de rir-me?

PorPedro Fernandes Martins à(s) 07:26 1 comentários

À portuguesa

Ainda há quem afirme que em Portugal não se come muito e se pensa pouco em comida. Como é que se pode dizer isso, se até temos um feriado nacional a que chamamos Dia da Restauração?

PorPedro Fernandes Martins à(s) 01:24 0 comentários

Mostrengos

Agora que voltei a estudar Português, não consigo deixar de associar Fernando Pessoa ao Sporting. O heterónimo Ricardo Reis é um autêntico Paulo Bento, porque tudo busca... com tranquilidade! Já o próprio Fernando Pessoa e a sua heteronímia são a cara chapada de Miguel Veloso.

"Então, como está, Miguel?"
- O Miguel está bom.
"Então e a sua pessoa?"
- A minha pessoa está óptima!
"Então e você?"
- Vai-se andando!

No fim de tudo isto, podemos apenas concluir que Fernando Pessoa não era de certeza um português genuíno, porque um homem que vive em Portugal e que escreve "Deus quer, o Homem sonha, a Obra nasce" só pode estar doido. Se ele realmente fosse um português consciente escreveria "Deus quer, o Homem sonha, a Obra embarga", ou "Deus quer, o Homem sonha, a Obra é ilegal", ou até mesmo "Deus quer, o Homem prevarica, a Obra nasce".

PorPedro Fernandes Martins à(s) 03:12 0 comentários

Junho!

Estamos no dia 1 de Junho, por isso resta-me desejar:

FELIZ DIA DO MIGUEL! DESPERTEM O BODE EXPIATÓRIO QUE HÁ DENTRO DE VOCÊS!

PorPedro Fernandes Martins à(s) 07:57 0 comentários

Campeães! Não... Campeãos! Não... Campeões!

Caros leitores, repararam na nova letra do hino nacional português? Não sei quem foram os virtuosos compositores que escreveram tamanha beldade, mas passo a citar:

Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente e imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal

Entre as brumas da memória
Oh Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós
Que "Campeões, campeões, nós somos campeões!" à vitória

Às "campeões, campeões, nós somos campeões"
"Campeões, campeões, nós somos campeões" e sobre o mar
Às armas, "campeões, campeões, nós somos campeões"
Contra os "lampiões" marchar, "Campeões, campeões, nós somos campeões"


E pronto, foi basicamente isto que se passou no Estádio Nacional, hoje, antes do início da final da Taça de Portugal de futebol. Também de salientar que talvez metade dos jogadores de Paços de Ferreira e Futebol Clube do Porto não cumprimentaram o Presidente da República, Cavaco Silva, o Ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, ou o Ministro dos Assuntos Parlamentares, Santos Silva. Ter-se-ão ouvido perguntas do género "quem sãum essis moleques, cara?", ou até "Mira, chaval, quiénes son esos muchachos?".

Por fim, deixo uma pergunta que me inquieta: por que é que um feito tão grande como ganhar um campeonato e uma taça no mesmo ano tem a designação de um diminutivo? Ah... fizeram a dobradinha!

PorPedro Fernandes Martins à(s) 19:20 0 comentários